Rio conta com ferramenta de análise para redução da criminalidade

Uma das metas do Plano Estratégico do Gabinete de Intervenção Federal (GIF) é executar as ações de segurança com base na análise das manchas criminais. Logo após a publicação do Decreto nº 9.288/2018, que estabelece a Intervenção Federal no Estado do Rio de Janeiro, o Secretário de Estado de Segurança, General Richard Nunes, determinou que o combate à criminalidade fosse feito de acordo com a mancha criminal produzida pelo ISPGeo, ferramenta de análise criminal desenvolvida pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) em parceria com o Instituto Igarapé e com recursos de doação de um grupo de empresários do Rio de Janeiro.

Hoje, todas as operações e ações integradas estão sendo feitas em cima de argumentos técnicos e capacitados que mostram o local e o tempo exatos da ação. Com o ISPGeo, mapas de calor e análises gráficas, que antes levavam muito tempo para serem feitos, passaram a estar disponíveis de forma imediata e simples. Com isso, é possível liberar recursos para que os setores de planejamento operacional das polícias possam aprofundar sua análise criminal e dar respostas mais rápidas e eficazes aos problemas de criminalidade específicos de cada área do Estado do Rio de Janeiro. A ferramenta possibilita também a edição de mapas, com a marcação da alocação de pessoal e viaturas, para que os policiais possam acompanhar os resultados do planejamento operacional empregado.

Os resultados da utilização do ISPGeo já são visíveis. Em abril deste ano, foi deflagrada a Operação Dínamo para proibir os roubos de veículos. O planejamento da operação aconteceu em cima das análises da mancha criminal deste delito. Desde então, o crime vem caindo mês a mês. “Quando assumimos, em março de 2018, eram roubados 5.358 veículos por mês. Encerramos julho com quase dois mil automóveis a menos sendo roubados: 3.518. E vamos fazer o mesmo com o foco em roubo de cargas, que também está caindo nos últimos quatro meses”, destacou o Secretário de Segurança do Rio.

Ainda conforme o General Richard, a literatura internacional mais consagrada na área de segurança pública demonstra que o crime é concentrado no espaço. “Por isso, um planejamento operacional baseado na análise das manchas criminais é imprescindível para otimizar os recursos disponíveis e tornar o policiamento mais eficaz”, explicou.

O ISPGeo começou a ser utilizado por algumas unidades policiais durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Em 2017, os policiais militares de todos os batalhões do Estado do Rio e policiais civis de diversas unidades foram capacitados pelo ISP para utilizarem a ferramenta em sua totalidade.

Fonte: Gabinete de Intervenção Federal, com Secretaria de Estado de Segurança