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Intervenção reestrutura UPP e redireciona policiais para as ruas

Uma das principais metas do Plano Estratégico da Intervenção Federal na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro é transferir efetivos das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) para o policiamento ostensivo. Para alcançá-la, a Secretaria de Estado de Segurança (SESEG), sob orientação do Gabinete de Intervenção Federal (GIF), deve rearticular, até o fim do ano, 19 UPPs.
De acordo com a Secretaria, estas UPPs serão convertidas em Companhias Destacadas, comandadas pelos batalhões de suas áreas. Nas Companhias Destacadas, a determinação é a retomada de territórios que não tinham patrulhamento eficaz. Diferentemente das UPPs, onde a presença dos policiais é orientada para a proximidade.
De acordo com o Major Ivan Blaz, porta-voz da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, rever os projetos das UPPs era uma demanda urgente. “Mais do que um anseio da população, era um desejo da tropa para que modificássemos o modelo de policiamento nessas áreas mais sensíveis”.
A rearticulação tem o objetivo de fortalecer a segurança da população e melhorar as condições de trabalho dos policiais, permitindo que cerca de três mil policiais militares façam o patrulhamento ostensivo nas ruas do estado. O reforço irá atuar na redução da criminalidade nas manchas criminais, apontadas pela metodologia do IspGeo - ferramenta de análise criminal desenvolvida pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) em parceria com o Instituto Igarapé e com recursos de doação de um grupo de empresários do Rio de Janeiro. A mancha criminal é baseada nos registros de ocorrências lavrados nas delegacias de Polícia Civil.
De março até o início de novembro, passaram pelo processo de realinhamento sete UPPs – Vila Kennedy, Batan, Mangueirinha, Cidade de Deus, Camarista Méier, São Carlos e, a mais recente, Fallet/Fogueteiro/Coroa.
Na UPP Fallet/Fogueteiro/Coroa, o efetivo das unidades está sendo incorporado ao 5º Batalhão de Polícia Militar, na Praça da Harmonia (Saúde), reforçando o policiamento ostensivo no Centro do Rio. Para não prejudicar o policiamento no entorno destas regiões, está prevista no projeto de reestruturação a instalação de uma Companhia Destacada, que ficará também subordinada ao 5º BPM.
Todos os projetos sociais serão mantidos sob a responsabilidade da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). Ao todo, 8.230 moradores – entre crianças, adolescentes, adultos e idosos – participam de 122 projetos que foram colocados em prática por 139 policiais voluntários.