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Avaliações psiquiátricas devolvem mais de 370 policiais às ruas

publicado: 01/10/2018 15h08, última modificação: 02/10/2018 16h03
Falta de médicos dificultava a análise dos afastamentos. Junta médica já analisou 1.054 das cerca de 3 mil licenças da corporação por doença mental
Avaliações psiquiátricas devolvem mais de 370 policiais às ruas

Cerca de 38% dos policiais militares submetidos à reavaliação das licenças psiquiátricas estão aptos a voltar ao serviço. Desde agosto, o Gabinete de Intervenção Federal criou uma junta com médicos do Exército, da Marinha e da própria Polícia Militar para reavaliar essas licenças médicas.  Dos 1.054 examinados até o momento, 377 foram considerados totalmente aptos ao trabalho nas ruas. Outros 630 foram considerados inaptos, mas 70% deles poderão realizar atividades internas nos quartéis.  O total de licença chega a quase três mil e as consultas seguirão ao longo do período da Intervenção Federal.

A PM tem hoje um contingente de 44.384 homens. Mas contava com apenas quatro psiquiatras no seu quadro médico – dois na área ambulatorial e dois para avaliação das licenças.  Por falta de especialistas havia carência de oferta desse atendimento médico e os afastamentos se acumularam. A corporação estava aceitando laudos privados. A intenção não é apenas reavaliá-las, mas oferecer tratamento médico a quem necessita desse acompanhamento. 

Os critérios da avaliação determinam que os “aptos A” podem participar de patrulhamentos e operações. Os “aptos B” podem trabalhar armados, mas dentro dos quartéis. Os “aptos C” exercem funções administrativas desarmados e os “D” são licenciados para ficar em casa por problemas de saúde mental.  

Antes das avaliações, dos três mil afastados, 2.300 estavam trabalhando internamente nos quartéis e outros 700 estavam casa. Uma equipe de peritos foi formada para avaliar os recursos.  A corregedoria  interna da Polícia Militar apura eventuais fraudes nos pedidos de licenças médicas. As investigações já resultaram em processos administrativos e expulsões da corporação de militares que comprovadamente fraudaram laudos.

 

Governo do Brasil, com informações do Gabinete de Intervenção Federal