Queda dos índices de criminalidade supera metas da Intervenção Federal

Redução dos casos de latrocínio foi de 35% em oito meses. Três vezes menor do que a previsão que era de 10%

Dados consolidados do Instituto de Segurança Pública (ISP), revelam que praticamente todas as metas estabelecidas pelo Gabinete de Intervenção Federal (GIF) para redução dos índices de criminalidade foram atingidas. A comparação dos meses de março a outubro deste ano com o mesmo período de 2017 indica que a queda nos registros de latrocínio e de roubo de carga foi maior do que o patamar proposto.

Nos últimos oito meses, a redução dos casos de roubo seguido de morte (latrocínio) superou o triplo da meta: 35,26% no período, quando a previsão era de 10%.  O roubo de cargas caiu 19,22%, quase o dobro do que era pretendido, 10%. As ações de combate ao roubo de veículos também tiveram resultados satisfatórios – queda de 8,20% contra 8% do planejado pelo GIF.

Também superou a previsão no consolidado dos oito meses o índice de roubo de rua. Ele inclui os itens roubo a pedestre, em coletivo e de aparelho celular. A meta proposta foi de 5% e a queda atingiu 7%. A letalidade violenta, somatório dos registros de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e morte por intervenção legal, cresceu 2,58% entre março e outubro se comparar a esse mesmo período no ano passado. O Plano Estratégico fez uma previsão de redução em até 9% até o final da Intervenção. O índice registrou a primeira queda do período no mês de outubro. A redução foi de 15% quando comparado com outubro de 2017. As 517 vítimas registradas mês passado representaram o menor número para o mês desde 2014.

A atuação em cima da análise da mancha criminal é o principal fator para a queda dos indicadores. A Secretaria de estado de Segurança Pública (SESEG) adotou a ferramenta ISPGeo, que produz mapas e relatórios gráficos para orientar as operações e ações integradas. Com este recurso, as polícias podem aprofundar as avaliações das informações e dar respostas mais rápidas e eficazes aos problemas de criminalidade. Além do investimento em tecnologia, houve incremento de pessoal e equipamentos nas policiais civil e militar, aumentando a capacidade operativa.