Notícias

Segurança Pública em foco: participantes discutem alternativas e desafios

por Gabinete de Intervenção Federal publicado: 28/09/2018 16h47, última modificação: 28/09/2018 16h47
Pacificação, Intervenção e cidadania foram temas debatidos no seminário, realizado no auditório do Globo
segurança publica em foco.jpeg

- Foto: Márcio Vieira/GIF

A Segurança Pública do Rio de Janeiro e as possíveis saídas para os desafios enfrentados foram tema da edição do “Reage, Rio!”, seminário realizado na quinta-feira (27/09) no auditório do jornal O Globo. No painel “Cidadania Ameaçada: Como lidar com as zonas de exclusão no Rio”, Guilherme Dias, professor do Instituto Meira Mattos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, falou sobre o quadro encontrado na área de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, quando a Intervenção Federal foi decretada pelo governo. “A partir daí, conseguimos observar alguns pontos, como por exemplo, a redução do número de agentes de segurança e a dificuldade na manutenção de viaturas e armamentos”. Ele lembrou ainda que o processo de deterioração não foi iniciado no ano passado. “Isto já vem de décadas e tem se intensificado nos últimos tempos”, ressaltou.

O professor Guilherme Dias destacou também o esforço da interlocução entre a Intervenção Federal e a sociedade civil. Para ele, um dos pontos positivos foi a elaboração de um Plano Estratégico voltado para a Segurança Pública. “Não me lembro de uma discussão tão aprofundada sobre política de segurança”, pontuou. No entanto, lembrou que é preciso que outros atores estatais e concessionários aproveitem o caminho que está sendo aberto para prover a comunidade com a prestação de serviços. Ao concluir, o professor reforçou que a sociedade precisa pensar sobre qual deve ser o papel das Forças Armadas na agenda de segurança do estado do Rio de Janeiro e do Brasil.

Participaram também deste painel Joana Monteiro, diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública; Ilona Szabó, cofundadora e diretora-executiva do Instituto Igarapé; e Carlo Zorzoli, presidente da Enel no Brasil.

Em outro painel, os participantes discutiram o tema “Pacificação e Intervenção: os dois fatos mais relevantes na Segurança Pública do Rio nos últimos dez anos”. Silvia Ramos, antropóloga e coordenadora do Observatório da Intervenção, afirmou que erra quem faz política de segurança que não tenha como centro a preservação da vida. Andrea Amin, promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), destacou pontos positivos e negativos dos processos de Pacificação e de Intervenção. Como positivo da Intervenção Federal, a promotora apontou a reestruturação das polícias do estado do Rio de Janeiro. Porém, disse que os militares estão cansados da política de enfrentamento. Eduardo Carvalho, estudante de jornalismo da PUC-RJ, apresentou, por meio de um texto, a realidade da Rocinha, comunidade em que nasceu e foi criado. Comandante-geral da Polícia Militar do Rio, Luís Cláudio Laviano mencionou a reestruturação das Unidades de Polícia Pacificadora e apontou que, sem a Intervenção Federal, algumas medidas de recuperação do efetivo não ocorreriam.

No fechamento do seminário “Reage, Rio!”, foram ainda abordados os planos de segurança dos candidatos ao governo do Rio de Janeiro.

Fonte: Gabinete de Intervenção Federal