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Intervenção Federal registra redução da criminalidade e investe no reaparelhamento e capacitação das polícias

publicado: 20/08/2018 16h18, última modificação: 26/03/2021 00h28
Treinamento e melhoria na gestão fazem parte do cumprimento do Planejamento Estratégico da Segurança Pública no Rio de Janeiro

 

Arquivo/Agência Brasil

Intervenção reestrutura segurança pública no Rio de Janeiro

Intervenção reestrutura segurança pública no Rio de Janeiro

A redução progressiva dos índices de criminalidade no Rio de Janeiro, divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), revela o esforço do Gabinete de Intervenção Federal para melhorar a gestão da segurança pública do Rio de Janeiro. Entre as ações implementadas estão a capacitação do efetivo – principalmente das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que passa por reestruturação.

As UPPs estão se transformando em Companhias Destacadas, e seus policiais passam, atualmente, por cursos de capacitação. Já foram treinados 1.371 agentes de segurança do total de 2.500 previstos. Paralelamente, o GIF tem realizado aquisição de armamentos, veículos e equipamentos – para tornar o patrulhamento mais eficiente. Esses são pontos importantes para a recuperação da capacidade operativa dos órgãos de segurança pública.

As corregedorias das polícias foram fortalecidas, aprimorando e acelerando os processos correcionais, atendendo a mais uma das metas estabelecidas no Planejamento Estratégico da Segurança Pública, que abrange todas as secretarias e órgãos intervencionados.

As estatísticas destes últimos quatro meses demonstram que a tendência de queda dos índices vem se consolidando. Os dados do ISP de julho mostram melhoria, principalmente, nos números dos crimes contra o patrimônio em relação ao mesmo período do ano passado. Caíram o roubo de veículo (29%), de cargas (20%), a estabelecimento comercial (21%) e de aparelhos celulares (10%). Também houve redução do número de latrocínios (60%). (Clique aqui para ver mais dados)

 

Aquisição de novos equipamentos

 

Até a edição do Decreto nº 9.288/2018, que estabeleceu a Intervenção Federal, o Rio de Janeiro não podia receber recursos por estar em regime de recuperação judicial. Do crédito total de R$ 1,2 bilhão, disponibilizado pelo Governo Federal, 40% já estão empenhados em licitações em andamento.

Ainda antes da chegada desses recursos, a estrutura das polícias foi reforçada com doações de equipamentos e armas. Com apoio das Forças Armadas, do Governo do Estado e da iniciativa privada, já foram entregues seis blindados, 100 fuzis, 100 mil munições e cerca de R$ 2,4 milhões em equipamentos menos letais para as secretarias de Estado de Segurança Pública e de Administração Penitenciária. Também foi agilizada a entrega de mais de 500 viaturas para uso pela Polícia Militar.

O Gabinete de Intervenção Federal doou para a Polícia Civil 60 fuzis (15 modelo AR-10 e 45 modelo AK-47) apreendidos no ano passado, no Aeroporto Internacional do Galeão. Todos os fuzis passaram por testes para que fossem assegurados o correto funcionamento e condições de segurança do atirador, estando todos em perfeitas condições.

Também foram entregues insumos e equipamentos para a polícia técnica da Polícia Civil do Rio por meio da liberação de R$ 1,13 milhão disponibilizado pela Justiça. Entre os itens comprados estão o luminol (que identifica sangue oculto), reagentes (como o PSA, utilizado na identificação de esperma), kits de identificação humana para exame de DNA, solventes usados nos exames de toxicologia e patologia, além de pó e pincel para levantamento de impressões digitais.

Foi feita ainda a revisão completa das viaturas policiais, com substituição de peças, lanternagem, pintura, manutenção da parte elétrica, suspensão, motorização, substituição de pneus, baterias e acabamento interno.

 

Treinamento de policiais

 

Toda semana, o Estágio de Aplicações Táticas – ministrado por instrutores do Exército e do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar – oferece treinamento de manutenção, montagem e desmontagem e prática de tiro, com pistola e fuzil nas instalações do COE e no Depósito Central de Munição do Exército, em Paracambi.

Já no Centro de Adestramento Leste, na Vila Militar em Deodoro (Zona Oeste do Rio), os policiais reforçam o treinamento sobre como se proteger sob ameaça de armas de fogo e como identificar corretamente um ambiente hostil, em um cenário simulado. A capacitação também inclui a avaliação psicológica, palestras sobre vitimização de policiais na folga e aspectos éticos no exercício da profissão.

A saúde do efetivo policial também é prioridade. Desde o início deste mês, dez oficiais médicos da Marinha e do Exército realizam inspeção de psiquiatria da Polícia Militar. A medida pretende avaliar a possibilidade de reintegração dos policiais aptos às atividades internas e externas.

 

Operações e atendimentos

O Comando Conjunto das Forças Armadas – em parceria com as polícias do Rio de Janeiro – vem desencadeando uma série de operações no Rio, envolvendo cerco, estabilização de áreas e remoção de barricadas, permitindo o cumprimento de mandados judiciais, verificação de denúncias de ações criminosas e de outras condutas ilícitas.

Também foram realizadas ações comunitárias na Vila Kennedy e na Praça Seca, ambas na Zona Oeste. Entre os mais de 26 mil atendimentos estão serviços como emissão gratuita de documentos, informações e orientações sobre serviço militar, orientação jurídica, assistência médica, odontológica, vacinação, recreação, oficinas de grafite, corte de cabelo, dinâmicas sobre prevenção ao uso de drogas, além de balcão de empregos e palestra com dicas culinárias.

 Fonte: Governo do Brasil, com informações do Gabinete de Intervenção Federal, do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro e Observatório da Praia Vermelha