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GIF moderniza equipamentos de perícia da Polícia Civil

publicado: 10/04/2019 19h28, última modificação: 11/04/2019 11h36
Instituto de Genética Forense ganha analisadores de DNA e Laboratórios do IML e do ICCE recebem aparelhos que pesquisam substâncias químicas
GIF moderniza equipamentos de perícia técnica da Polícia Civil

O Gabinete de Intervenção Federal entregou hoje equipamentos que vão dar mais precisão e agilidade ao trabalho do Departamento de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil (PCERJ).  O Laboratório de Toxicologia Forense, que fica na sede do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IMLAP), recebeu dois cromatógrafos - aparelhos que identificam substâncias químicas e o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), no Centro, também ganhou três modelos semelhantes.

Para o Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF) foi destinado um analisador genético de DNA, que trabalha em conjunto com uma plataforma robótica de pipetagem. Os equipamentos foram comprados com recursos destinados pelo Governo Federal para reequipar os órgãos de Segurança Pública do Estado. O total destes investimentos foi de R$ 2,94 milhões. 

O diretor do Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF), Rodrigo Grazinoli Garrido, conta que o analisador e a plataforma robótica de pipetagem (sistema automatizado de manipulação de líquidos em tubos de ensaio) vieram num momento de aumento da demanda por análise de DNA para as polícias técnicas de todo o país. O instituto funciona na sede da Academia Estadual de Polícia Sylvio Terra (ACADEPOL), na Cidade Nova.

Em 2017, o Superior Tribunal de Federal (STF) admitiu o cumprimento da lei Lei 12.654/12, que determina coleta de material genético de todos os condenados por crimes dolosos com violência grave ou hediondos no país. Os perfis devem ser mantidos em bancos de dados sigilosos. “A estimativa é de que, somente no estado, tenhamos mais de dez mil condenados que podem ser submetidos à análise”- avalia Garrido. 

O analisador de DNA é capaz de fazer 96 análises em 4 horas. Um perito levaria, no mínimo, uma semana para realizar o mesmo trabalho. A pipetagem eletrônica confere mais precisão ao trabalho que era feito manualmente. O laboratório já contava com dois analisadores. Com mais um equipamento, será possível ao laboratório diversificar as metodologias de pesquisa. Os equipamentos custaram R$ 937 mil.

 

Cromatógrafos serão usados para identificar drogas em casos criminais

Os cromatógrafos gasosos distribuídos ao ICCE serão utilizados para os exames de confirmação das drogas apreendidas em todo o estado. "Faremos análises da droga bruta, como: cocaína, medicamentos e sintéticos, podendo assim ter um levantamento mais preciso do que se apresenta no cenário nacional, especialmente, no caso das drogas sintéticas", afirma a perita criminal do ICCE, Claudiane Costa Canuto.

Para o Laboratório de Toxicologia Forense a chegada de dois novos cromatógrafos é sinônimo de maior produtividade. O órgão realiza todos os testes sobre o uso de substâncias químicas de casos que envolvem crimes. As demandas vêm de todos os IMLs do estado, de investigações da Polícia Civil, operações da Lei Seca e processos do Seguro DPVAT.   

Somente no ano passado, foram feitos 2.713 exames de alcoolemia (que mede a quantidade de álcool no sangue). Uma média de 241 por mês. Além de 2.748 exames para pesquisa de maconha, cocaína e outras drogas sintéticas em sangue, urina ou víscera  - 240 casos por mês. O custo dos dois aparelhos foi de R$ 611 mil.

“O consumo de drogas sintéticas é um problema que está crescendo. Esses equipamentos são mais sensíveis e vão nos auxiliar nesse esforço de mapear essas substâncias. Eles também aumentam a nossa capacidade de trabalho, já que conseguem fazer até 60 análises de uma só vez”, explica o chefe do Laboratório de Toxicologia. o farmacêutico Diego Carvalhosa.