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A força feminina na Intervenção Federal

por Gabinete de Intervenção Federal publicado: 06/11/2018 11h54, última modificação: 06/11/2018 11h54
Oito mulheres militares e treze civis compõem a estrutura do Gabinete de Intervenção Federal
A força feminina na Intervenção Federal

- Foto: Divulgação CML

A presença feminina nas Forças Armadas brasileiras vem crescendo a cada ano. Em 2017, de acordo com dados do portal Governo do Brasil, eram 28 mil mulheres, sendo 10,8 mil da Força Aérea Brasileira, 8,1 mil da Marinha do Brasil e 9,1 mil do Exército Brasileiro. No Gabinete de Intervenção Federal (GIF), elas estão também presentes, atuando em áreas como Planejamento, Logística, Administração, Jurídica e Comunicação Social. São quatro mulheres do Exército Brasileiro, duas da Força Aérea Brasileira e duas da Marinha do Brasil, totalizando oito militares. 

Em busca de segurança e estabilidade, a Capitão-Tenente Renata Marques Gama fez concurso e entrou para a Marinha do Brasil em 2012. Sem tradição militar na família, a oficial é formada em Administração de Empresas e espera trilhar sua carreira na Marinha, na área de Finanças e Orçamento. “Quando criança, não imaginava estar nas Forças Armadas. Pensava em ser professora, dentista, mas nada ligado ao mundo militar. Hoje estou feliz, fazendo parte de um momento inédito do estado do Rio de Janeiro, e espero continuar nesse caminho”, ressaltou a oficial de carreira. 

Apesar de ter entrado no Exército Brasileiro em 2016, como temporária, a 2º Tenente Renata Cristina Ramos Borges vivencia o mundo militar desde os 16 anos, quando cursou a Escola Técnica do Arsenal de Marinha. Aos 19 anos, depois de formada, foi trabalhar na Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), da Marinha. Nessa época, já cogitava a possibilidade de fazer parte do mundo das Forças Armadas. “Aproveitei a oportunidade de um processo seletivo e pude participar de um momento histórico da cidade do Rio, que foram os Jogos Olímpicos. Hoje me sinto orgulhosa por ser mulher e ter sido convidada para trabalhar na Intervenção Federal. Para mim, é um reconhecimento profissional.” 

Ao findar o tempo no Exército Brasileiro, a engenheira eletricista, que tem uma filha de 12 anos, planeja continuar no mundo militar. “Ele me abriu as portas. Pretendo estudar e continuar minha carreira nas Forças Armadas.” 

O primeiro registro da participação de uma mulher em combate data do ano de 1823, quando Maria Quitéria de Jesus lutou pela manutenção da independência do Brasil. Na Marinha, as mulheres começaram a ocupar os quadros a partir de 1980, quando o ingresso na Força foi regulamentado por lei. No Exército, a primeira turma de formação envolvendo mulheres foi aberta, na Escola de Administração do Exército, em 1992, com 49 alunas. Um dos crescimentos mais notórios, no entanto, deu-se na Força Aérea Brasileira, cujo número de oficiais do sexo feminino saltou de 3.662, em 2003, para 9.299, em 2012. 

As mulheres civis estão contribuindo também com a Intervenção Federal, instituída por meio do Decreto nº 9.288/2018. São 13 profissionais que estão nas áreas de Comunicação Social e Planejamento. Com duas pós-graduações – uma na área de Recursos Humanos, na IAG Escola de Negócios, da PUC-Rio, e a outra em Gerenciamento de Projetos, na UFRJ, a pedagoga Marcia Zaccur está no Gabinete de Intervenção Federal (GIF) desde o início de julho, atuando na Diretoria de Planejamento Operacional, como coordenadora dos projetos do Plano Estratégico do GIF. 

Com uma filha, de 22 anos, Marcia sempre trabalhou e encarou, de forma tranquila, as atividades domésticas, familiares e profissionais. “A mulher vive um eterno conflito. Se trabalha, não consegue dar atenção à família; se não trabalha, sente-se improdutiva. É preciso optar por aquilo que te faz feliz na vida pessoal e profissional”, destaca. Para Marcia, as escolhas precisam ser conscientes de que nem sempre será possível atender todas as próprias expectativas. 

Marcia se diz honrada por estar contribuindo com a Intervenção Federal no estado do Rio de Janeiro. “Sinto-me privilegiada por ter a oportunidade de conhecer pessoas extremamente competentes e dedicadas ao trabalho de garantir mais segurança à população”. Já participou de startups de empresas, mas nada se compara ao que está vivenciando no GIF. “Aqui, estamos construindo a história da Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro”, conclui.  

Fonte: Gabinete de Intervenção Federal